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22 de abril de 2025
MPF denuncia desembargadora do TJAM por venda de sentenças para facções criminosas
Polícia
22 de abril de 2025

MPF denuncia desembargadora do TJAM por venda de sentenças para facções criminosas

AM- O Ministério Público Federal (MPF) realizou uma denúncia em nome da desembargadora Encarnação das Graças Sampaio Salgado, e de mais 14 pessoas, pela venda de sentenças de decisões judiciais para facções criminosa que atua no estado.

A desembargadora é suspeita de vender alvarás de soltura e foi alvo da segunda fase da operação ‘La Muralla’, deflagrada pela Polícia Federal, em 2016, para investigar um esquema para beneficiar traficantes, a mesma está afastada do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) desde de que a operação foi deflagrada.

O MPF pede a condenação da desembargadora e de um ex-servidor pelo crime de corrupção passiva e dos demais por corrupção ativa, além da condenação dos envolvidos pelo crime de organização criminosa. A denúncia é assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.

Em julho do ano passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a conduta da desembargadora e manter o afastamento da magistrada.

Além de pedir a condenação da magistrada, o MPF pede que ela continue afastada do cargo e a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos solidariamente, no montante equivalente à soma dos valores atribuídos a cada decisão negociada, com atualização monetária. Também requer a decretação da perda da função pública para os condenados que ocupem cargo público

Segundo a denúncia, a venda de decisões judiciais chefiado pela desembargadora era utilizado pela organização criminosa quando seus membros eram presos. Concentrada em Manaus, a facção praticava tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, entre outros crimes.

Conversas interceptadas, depoimentos e trocas de mensagem mostraram que os integrantes da facção usavam o plantão judiciário para obter decisões favoráveis da desembargadora. Em parte dos casos, foi verificada a apresentação de atestados médicos falsos para justificar a conversão de prisão preventiva em domiciliar. Todas as operações eram intermediadas por advogados e pelo servidor do TJAMl, que trabalhava como auxiliar da desembargadora.

Além dos presos faccionados, as investigações revelaram que a desembargadora Encarnação Salgado também concedia liberdade mediante pagamento de propina a outros presos que tivessem condições financeiras de pagar os valores solicitados.

Fonte: Portal do Natan

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