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22 de abril de 2025
Brasil realiza estudo com anticorpos de pessoas curadas do covid-19 para salvar novos doentes
COVID-19
22 de abril de 2025

Brasil realiza estudo com anticorpos de pessoas curadas do covid-19 para salvar novos doentes

Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

BRASIL – A cloroquina e a hidroxicloroquina ganharam os noticiários das últimas semanas, dada a politização do tema entre defensores e temerosos sobre a possível ação desses medicamentos para combater o covid-19. Mas enquanto pesquisadores de todo o mundo, incluindo os brasileiros, não chegam a uma conclusão definitiva sobre seus efeitos benéficos e adversos, cientistas correr para encontrar e testar potros tratamentos. Uma das linhas de pesquisa é realizada com anticorpos presentes no plasma de pacientes já tiveram o coronavírus na forma branda, se curaram e produziram anticorpos para a Covid-19. Na terça-feira, o Ministério da Saúde anunciou pela primeira vez um número de curados, 14 mil ou 55% dos caso diagnosticados ate então, mas não detalhou critérios para ser considerado livre da infecção.

Cientistas querem descobrir se o plasma desses pacientes considerados curados pode curar doentes que ainda estão na fase aguda da enfermidade. Para isso, médicos de um consórcio formado pelo Hospital Sírio Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital das Clínicas realizam o estudo, que já está em fase de recrutamento de doadores voluntários.

Silvano Wendel, diretor médico do Banco de Sangue do Hospital Sírio Libanês, explica que os voluntários precisam ter tido a forma branda da doença e estar recuperados há ao menos 14 dias. Além disso o doador necessita responder às mesmas condições estabelecidas para uma doação comum de sangue: ser maior de 18 anos, pesar mais de 55 quilos, não ter nenhuma doença como AIDS, hepatite, sífilis, chagas e malária, e, especificamente para este estudo, é preciso ser do sexo masculino. “Simplesmente pelo fato de que mulheres que já tiveram alguma gestação podem produzir anticorpos contra leucócitos”, diz Wendel. “E se esses anticorpos forem infundidos [aplicados] em pacientes com coronavírus, alguns podem desenvolver uma reação pulmonar muito grave. Essa é a única razão pela qual estamos aceitando somente homens.”

Além do consórcio em São Paulo, há outras instituições em busca de resultados com esse mesmo estudo, que já foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Ministério da Saúde. Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério da Saúde, afirmou na segunda-feira que foi iniciada nesta semana uma força-tarefa com instituições filantrópicas e públicas de todo o país que estão desenvolvendo estudos sobre o tratamento com o plasma. “Em 30 dias devemos ter respostas preliminares”, afirmou. “O procedimento pode ter benefícios mas nós temos que olhar para os potenciais danos também”, ressaltou.
Fonte: El País

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