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23 de abril de 2025
‘Brasileiros não vão poder escolher qual vacina tomar’, afirma microbiologista
Brasil
23 de abril de 2025

‘Brasileiros não vão poder escolher qual vacina tomar’, afirma microbiologista

A microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Natália Pasternak, afirma que não há necessidade de “escolher” qual vacina tomar contra a Covid-19, até porque isso não será possível. “A gente não vai poder escolher vacina. Vamos receber o que estiver disponível e isso pode variar de acordo com a localidade. As vacinas mais fáceis de transportar devem ser as mais abrangentes e isso também depende dos acordos bilaterais”, explicou. Natalia deu como exemplo São Paulo, que tem um acordo para a fabricação da CoronaVac. Se comprovada a eficácia, ela deve ter a distribuição priorizada no Estado. Porém, todos os imunizantes aprovados pela Anvisa vão ser úteis, eficazes e seguros.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Natália afirmou que o Brasil tem uma “boa experiência” de fazer programas e campanhas de vacina — e esse não deve ser um desafio. O importante é fazer e se planejar o mais rápido possível. “Seria um absurdo ter uma vacina aprovada e não ter um plano de imunização”, disse. “Precisa organizar quais vacinas teremos acesso, quais cidades podem transportar e armazenar. Nossa cadeia é excelente, mas ela é baseada em geladeiras. Conseguimos adaptar para -20ºC, mas não para -70ºC — que é o caso do imunizante da Pfizer. Isso tem que estar pronto com urgência.”

Ela destaca que a maioria das vacinas na fase final de testes trabalha com duas doses e isso precisa ser levado em conta nas campanhas. A única vacina que trabalha com apenas uma dose é a da Janssen, mas ela não deve ser a primeira a ser disponibilizada. “Não há necessidade de preferir uma ou outra. E não devemos tomar mais do que uma vacina e misturar”, completa. Ela defende que os imunizantes são a melhor estratégia para contenção efetiva da doença e que é preciso continuar com a quarentena, distanciamento e higiene das mãos. “As pessoas tem uma fadiga psicológica e querem a vida de volta. Isso é compreensível, mas não dá para ter isso sem combinar com o vírus. E ele não está cansado. Precisamos ter paciência para não morrer na praia. Se não, todo esforço vai ser perdido porque ‘decidimos não aguentar mais’”, finaliza.

Fonte: Jovem Pan

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