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08 de junho de 2025
Brecha na reforma tributária pode permitir novo imposto em 17 estados
Economia
08 de junho de 2025

Brecha na reforma tributária pode permitir novo imposto em 17 estados

A inclusão de última hora na Reforma Tributária, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados, de uma brecha que permite aos governadores criar um imposto sobre produtos primários e semielaborados, pode abranger pelo menos 17 estados do Brasil, aumentando a carga tributária do país.

Essa possibilidade de uma nova cobrança, prevista no Art. 20 do projeto, tem gerado preocupação em setores como agronegócio, mineração e indústria petrolífera. Especialistas em direito tributário e entidades de diversos setores têm criticado essa medida, argumentando que ela vai contra os princípios básicos da reforma, que visam simplificar o sistema tributário, e não complicá-lo ainda mais.

A inclusão da possibilidade de criar mais um imposto ocorreu momentos antes da votação na Câmara. Em teoria, essa contribuição deveria ser utilizada especificamente

para financiar obras de infraestrutura e habitação. No entanto, na opinião do advogado tributarista Luiz Gustavo Bichara, do escritório Bichara Advogados, a alteração de última hora é muito abrangente, permitindo que qualquer estado com fundos associados a benefícios fiscais possa criar a tributação.

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) considerou a possibilidade de criação do imposto “desastrosa”. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa as empresas do setor, também criticou a medida, afirmando que ela vai contra a própria essência da reforma e aumentará a carga tributária do Brasil.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) destacou a existência de incertezas técnicas em relação a essa possível nova cobrança. O artigo em questão “ressuscita a discussão” sobre o que é considerado “produto primário” e “semielaborado”, o que pode levar a disputas judiciais, diz a entidade. Além disso, a medida afetaria toda a cadeia produtiva da soja (grão, farelo e óleo) e do milho, resultando em um aumento dos custos de produção e prejuízos que impactarão o PIB nacional.

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