Polícia – Advogados de defesa de Alejandro Valeiko prestaram esclarecimento sobre a conclusão do inquérito do “Caso Flávio”, na manhã dessa quinta-feira (28), por volta de 10h em coletiva de imprensa no Auditório do Edifício Soberane.
O advogado Iuri Dantas iniciou a coletiva falando que um pedido foi formulado para a juíza responsável pela central de inquéritos onde o processo tramita, para que o sigilo processual fosse afastado, o intuito disso é para que possa ser permitida uma fiscalização ampla e correta por parte da imprensa e da sociedade Amazonense de tudo o que aconteceu no inquérito e de tudo o que vai acontecer no processo. Segundo ele, com isso, podem ser evitadas, leviandades, abusos, notícias sensacionalistas e até mesmo mentiras que segundo ele foram veiculadas.
Na sequência Felix Valois falou sobre a satisfação com relação aos resultados do inquérito policial onde ressalta que o seu cliente “Não fez absolutamente nada no que diz respeito à morte de Flávio”, complementa dizendo que no resumo onde aparece a tipificação dos crimes Alejandro foi indiciado apenas por omissão, que segundo ele, omissão é não fazer nada. Felix disse ainda que a vinculação de seu cliente ao caso em questão é tecnicamente uma tolice jurídica.
Marco Aurélio Choy advogado e atual presidente da OAB-AM também falou que a prisão de seu cliente foi desnecessária, pois ele colaborou em todos os momentos para que a verdade dos fatos viesse à tona.
Na sequência, Clotilde Castro que também integra a defesa de Valeiko, falou que o que chamou a atenção em todo o processo foi o fato que desde o inicio a polícia teria todo o trajeto que foi feito pelo seu cliente desde a ocorrência na casa, segundo ela não tem nenhum furo nesse trajeto, já Magno, tem um lado atemporal, pois foi impossível saber com exatidão para onde ele foi e o que ele fez. Sendo que no final Magno foi retirado da condição de suspeito do crime e seu cliente foi mantido mesmo com as provas relatadas a polícia.
Dando continuidade a coletiva, Iuri Dantas voltou a falar sobre notícias falsas que foram veiculadas, citando o caso da matéria que falava que o barro encontrado no sapato de Alejandro seria o mesmo barro que estava no local onde o corpo de Flávio foi encontrado, tese, que teria sido derrubado através dos laudos periciais, segundo ele isso prejudica a percepção da sociedade em torno do caso. Para ele essas matérias tem o objetivo de criminalizar e moldar a percepção do povo de Manaus em desfavor de Alejandro.
O advogado também falou que toda essa situação se deu porque o investigado é enteado do Prefeito da Cidade, dando a entender se tratar de perseguição política.
Ao serem questionados sobre o cliente ter deixado a cidade logo depois do crime o advogado Yuri Dantas, disse que a decisão de interná-lo em outro estado, foi da mãe Elisabeth Valeiko, ela tinha medo que o filho estivesse correndo perigo.
Durante aproximadamente uma hora, eles responderam aos questionamentos da imprensa sobre o que de fato teria acontecido naquela noite.
Já no final da coletiva o professor Valois enfatizou novamente;
“Se o Alejandro não fosse enteado do prefeito, isso não sairia na quinta página de um jornal. A polícia disse que ele não fez nada e o indicia? Isso é perseguição política. Para a morte do engenheiro Flávio, o Alejandro não fez nada, ele poderia estar consumindo cocaína, bebendo cachaça, mas para a morte de Flávio ele não fez nada”.
O inquérito será encaminhado para o Ministério Público.
Foto: Foto: Euzivaldo Queiroz
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