Manaus, capital do Amazonas, se tornou palco de um acalorado debate entre dois delegados de polícia, envolvendo questões políticas, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A troca de farpas começou quando o delegado João Victor Tayah Lima (PT) afirmou em um vídeo que Manaus não apoia Bolsonaro e criticou duramente seus defensores do político, chamando-os de “patéticos”.
Tayah Lima foi para frente de um outdoor instalado na capital, que diz que Manaus está com Bolsonaro, e não economizou críticas ao ex-presidente. “Aqui foi o epicentro da tragédia, do caos que foi essa gestão incompetente do Bolsonaro. Tudo que ele pôde fazer para destruir a Zona Franca ele fez, o cara não deu um tijolo para Manaus e vocês vêm falar que Manaus é Bolsonaro. Vocês fumaram Cloroquina estragada?”, provocou o delegado. Sua fala, cheia de acusações, rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando reações variadas.
Em resposta, o delegado Costa e Silva (PL), foi para o mesmo local e fez um vídeo defendendo o ex-presidente e rebatendo as críticas de Tayah Lima. Ele ressaltou os desafios que Bolsonaro enfrentou durante sua gestão, particularmente no contexto da pandemia de COVID-19. Costa e Silva também destacou o apoio financeiro do governo federal para Manaus, especialmente para lidar com a crise sanitária.
“Quero dizer que Manaus é Bolsonaro. Bolsonaro passou uma dificuldade tremenda na gestão dele que foi lidar com a pandemia, algo que não aconteceu na gestão de ninguém, ai você vem dizer que ele não ajudou. Mais de meio bilhão veio para Manaus para ser usado na pandemia e sobre a operação Sangria da Polícia Federal, você não falou nada, que foi uma operação que investigou como esse dinheiro estava sendo utilizado”, disse Delegado Costa e Silva.
Ele também apontou para operações federais que investigaram o uso indevido de fundos destinados à pandemia, como a “Operação Sangria”, sugerindo que essas investigações eram evidências de que recursos haviam sido enviados para a cidade, mas poderiam ter sido mal utilizados. “Mais de meio bilhão veio para Manaus para ser usado na pandemia e sobre a operação Sangria da Polícia Federal, você não falou nada”, rebateu Costa e Silva.
Recebendo sem trabalhar
Costa e Silva também questionou a integridade de Tayah Lima, acusando-o de estar afastado do trabalho sem motivo claro, recebendo um alto salário enquanto a segurança pública precisa de mais delegados atuando no campo. “Você está a disposição da Associação de Delegados sem trabalhar desde março de 2023, recebendo R$37 mil, num momento em que a sociedade clama por segurança e precisa de delegado trabalhando na ativa. Você tá a disposição sem trabalhar. Você quer criar narrativa e construir uma história ruim para o outro lado mas isso é hipocrisia”, afirmou.
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