A plataforma de vídeos e serviços em nuvem Rumble, em parceria com a Trump Media & Technology Group Corp, entrou com um processo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na Justiça dos Estados Unidos.
Em comunicado oficial, a empresa afirmou que Moraes tem um “histórico preocupante de censura ilegal e autoritária”, e que acatar suas decisões representaria um grave risco à liberdade de expressão garantida pela Constituição dos EUA. O Rumble argumenta que permitir que um juiz brasileiro imponha restrições a um usuário nos EUA viola a soberania nacional americana e os princípios democráticos fundamentais.
Principais alegações do processo
Na ação judicial, o Rumble e a empresa de mídia de Donald Trump defendem que as ordens de Moraes não apenas ferem a Primeira Emenda da Constituição Americana, como também representam um abuso de jurisdição, pois tentam impor regras estrangeiras sobre uma plataforma sediada nos EUA.
O processo menciona ainda que as decisões de Moraes são parte de um esforço de censura política, citando que as restrições impostas pelo ministro se referem a “um usuário específico, conhecido politicamente” – possivelmente uma referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou a seus aliados.
Rumble desafia ordens do STF
O CEO do Rumble, Chris Pavlovski, afirmou que o processo contra Moraes é uma “batalha histórica pela liberdade de expressão na era digital”. Ele já havia criticado publicamente o ministro em uma audiência no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, denunciando as práticas de censura no Brasil.
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Pavlovski reforçou a posição da empresa e desafiou diretamente Moraes, afirmando que não cumprirá suas ordens, pois elas são ilegais nos Estados Unidos.
“Estamos comprometidos em proteger a liberdade de expressão e não seremos intimidados por censura autoritária”, declarou o executivo.
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