Manaus – Na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), foi protocolado um novo pedido de impeachment ao atual governador do estado, Wilson Lima. Citando práticas de crimes relacionados ao colapso na saúde do estado.
O pedido foi realizado pelo advogado Cassius Clei Farias de Aguiar, que ficará no aguardo da aprovação dos deputados que compõem a casa até o fim do mês.
No protocolo, foi adicionado os problemas que a saúde pública do estado vem enfrentando durante a pandemia da Covid-19, desde o primeiro caso registrado em março de 2020, quando foi decretado emergência no estado.
Na primeira onda da pandemia, as unidades de saúde entraram em colapso e não tinham capacidade para internar a demanda de pessoas infectadas para tratar da doença.
Por suspeita de superfaturamento a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República ainda investiga a compra de 28 ventiladores pulmonares por quase R$ 3 milhões, em uma loja de vinhos.
Foi anexado também a grande evolução do enrequecimento do governador Wilson Lima, com dados que mostram que antes de ser eleito, como jornalista e apresentador de tv recebia em média R$ 3.500,00, onde morava em uma casa avaliada em 120 mil. E, após 18 meses como governador, recebendo um pouco mais de R$ 25 mil, se mudou para uma mansão no valor de R$ 3 milhões. Onde demonstra ostentar patrimônio incompatível com sua renda.
Por fim, foi levantado também que o governo realizou gastos desnecessários durante a colapso em combate a Covid-19, como o aumento de salários dos servidores da Secretaria de Saúde e o pagamento de mais de R$ 1,5 milhão na montagem de uma árvore de natal no largo São Sebastião.
Wilson Lima já sofreu mais de dez pedidos de impeachment. O primeiro pelo descaso na saúde que enfrentava problemas de atendimento e atraso de salários dos funcionários terceirizados. Dentre vários pedidos em 2020, um deles, feito pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) foi aprovado na ALE mas foram eleitos para presidir a comissão de impeachment, os deputados Alessandra Campelo e Doutor Gomes. Ambos fazem parte da base aliada. O pedido foi arquivado em agosto de 2020. Em dezembro do ano passado o Sindicato dos Médicos fez outro pedido de afastamento do governador, mas a Assembleia Legislativa entrou em recesso no dia 22 de dezembro.
Fonte: D24am
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