O governo Lula está enfrentando uma dura batalha para fechar o déficit nas contas públicas, mas tem optado por medidas que priorizam o aumento de impostos sobre cortes efetivos de gastos. Enquanto alguns membros da equipe econômica defendem o controle das despesas, essas sugestões parecem estar muito longe da realidade, sem um prazo claro para serem implementadas.
Por outro lado, a proposta de aumentar tributos tem avançado com mais velocidade, a exemplo do envio de um projeto de lei ao Congresso, em regime de urgência, para elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), visando arrecadar R$ 21 bilhões.
Apesar de serem impopulares, as medidas são encaradas como essenciais em Brasília, uma vez que o governo precisa cumprir sua meta fiscal de 2025, ainda que no papel, diante da exigência de um orçamento equilibrado. No entanto, o governo enfrenta resistência significativa no Congresso.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, tem dito ser improvável a aprovação de qualquer aumento de imposto sem uma discussão prévia, enquanto o senador Angelo Coronel, relator do Orçamento, chamou a proposta de “inconcebível”. As dificuldades se somam ao histórico de derrotas recentes enfrentadas pelo ministro Fernando Haddad no Legislativo, enfraquecendo a posição do governo.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.