Manaus – Há um ano a crise de oxigênio nos hospitais de Manaus em meio à pandemia de COVID-19, deixou marcas indeléveis na população amazonense.
O dia 14 de janeiro de 2021 ilustrou da forma mais dura os efeitos do desleixo no controle da pandemia. Pacientes internados morreram asfixiados.
Hospitais lotados, falta de leitos, desesperos de pessoas tentando salvar a vida do seu ente querido, e o ar faltando para muitos que infelizmente se foram.
O caos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) se espalhou por Manaus. O desespero era tão grande que as famílias só pensavam em uma coisa: salvar aqueles que amavam. Custe o que custar. A cidade virou uma zona de guerra.
Nesta sexta-feira (14), a tragédia completa um ano. Ninguém foi responsabilizado pelo dois dias em que hospitais ficaram sem os cilindros que permitiam doentes de Covid continuarem respirando e vivos.
Investigações do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e da Defensoria Pública apontam que mais de 60 pessoas morreram em todo o estado por conta da falta de oxigênio.
Em documento do então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Élcio Filho, o governo brasileiro confirmou ter ciência da falta de oxigênio que provocou um colapso na rede de saúde de Manaus.
A crise na saúde do Amazonas aparece em 32 páginas do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada pelo Senado.
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