Manaus liderou o saldo de empregos formais no Brasil, em julho, com 2.547 vagas, ao superar até a maior economia do País, São Paulo, nos dados absolutos, após o resultado das contratações com as demissões. A reação do mercado de trabalho na capital puxou o emprego com carteira assinada no Amazonas, que totalizou 2.974 postos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.
Apesar de abrir bem menos vagas do que São Paulo, a economia de Manaus demitiu em menor escala proporcional. A capital do Amazonas gerou 11.094 postos, contra 124.559 de São Paulo, mas demitiu menos, ou 8.547, o que resultou no saldo de 2.547 vagas. Já São Paulo demitiu, em julho, 122.290 trabalhadores, resultando em um saldo de 2.269 postos, número absoluto abaixo de Manaus.
A indústria do Amazonas liderou a abertura de vagas, com mais da metade de todas as atividades, ao gerar saldo de 1.513 postos. Foram contratados 3.289 trabalhadores no mês e desligados 1.776, puxado pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que abriu 1.140 vagas e fechou 407 postos, com saldo de 733 vagas formais. Somente no subsetor de componentes eletrônicos foram abertos 799 postos e fechados 198, com saldo de 601 vagas, o melhor resultado entre os subsetores.
O comércio segue como o segundo setor quer mais contratou, em julho. Foram 894 vagas com carteira assinada de saldo, resultado de 2.977 contratações e 2.173 demissões, segundo os dados do Caged. O comércio varejista liderou a abertura de vagas, influenciado positivamente pelo segmento de material de construção, que não parou durante o isolamente social. Foram contratados 324 trabalhadores e demitidos 156, com saldo positivo de 168 vagas.
Já a construção civil aparece em terceiro lugar, com saldo de 557 vagas. O setor contratou 1.572 trabalhadores e desligou 1.015.
O setor de serviços, que possui grande capacidade empregadora ainda sente os efeitos da crise. Em junho, foram contratados com carteira assinada 4.088 trabalhadores e outros 4.180 foram demitidos e fechou 92 vagas.
Brasil
No País foram criados 131.010 postos de trabalho com carteira assinada. Essa foi a primeira vez desde fevereiro em que o emprego formal cresceu. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a julho, foram fechadas 1.092.578 vagas, o pior resultado para os sete primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.A abertura de vagas foi liderada pela indústria, com a abertura de 53.590 postos.
Com 41.986 novos postos, a construção vem em segundo lugar, seguida pelo grupo comércio, reparação de serviços automotores e de motocicletas, com 28.383 novas vagas.
Fonte: D24am
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