Morta após ser brutalmente espancada pelo companheiro, Luciane Simão Silva, 42 anos, vivia uma relação abusiva com o autor do crime muito antes do desfecho trágico ocorrido na madrugada dessa segunda-feira (21). A mulher era proibida por Rondinele Fereira da Silva, 34, de trabalhar, estudar ou frequentar a academia. Suas saídas eram monitoradas, e qualquer tentativa de enfrentar o parceiro resultava em sessões de enforcamento ou socos nos olhos e nas costelas.
Quando ultrapassou as barreiras do medo, desejando romper a relação abusiva, Luciane registrou ocorrência na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho). Em 20 de maio de 2017, ela contou aos policiais detalhes das agressões que havia sofrido naquela noite. De acordo com o boletim, Rondinele teria ficado descontrolado devido ao fato de a companheira ter insistido em conversar com a irmã e alguns amigos na frente de casa, na Fercal.
Na ocasião, Luciane revelou que Rondinele era ciumento e machista. O temperamento explosivo do homem foi motivo de várias discussões entre o casal. Em quase todas as brigas, ele fazia ameaças – dizia que a companheira seria morta caso ela procurasse a polícia. Por volta das 22h, Luciane insistiu em permanecer do lado de fora de casa e, por isso, foi enforcada e recebeu um forte soco no rosto, o que a deixou com um hematoma ao redor do olho.
Assustada e cansada de ser espancada, Luciane pediu medida protetiva. A Justiça determinou que o agressor deixasse a residência e não se aproximasse mais da vítima. No entanto, o casal, que tinha um filho de 10 anos, acabou se reconciliando, mas a rotina de brigas e espancamentos não cessou.
Com informações Metrópoles
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