Manaus- Munidos de cartazes, um grupo de moradores, pais, alunos e professores se reuniu na tarde desta quinta-feira (2), em frente à Escola Estadual Tiradentes, localizada na Avenida Codajás, Nº 1521- Petrópolis, Zona Sul da capital, para manifestar sobre a transferência dos estudantes do Tiradentes para escolas de outros bairros. A medida foi tomada depois que o Colégio Militar da Polícia Militar I CMPM I, que funcionava no bairro cachoeirinha, em um prédio alugado, teve que entregar o espaço ao proprietário.
A medida prevê a mudança de todos os 1,8 mil alunos e os 110 professores para escolas de bairros adjacentes. Todos afirmam ter sido pegos de surpresa com a notícia, e os professores apenas receberam um documento onde foram “convidados”, a assinar sua remoção e escolher as escolas para as quais devem ir no início do ano letivo.
Rocilda Taveira, moradora do bairro de Petrópolis há 21 anos, se formou e viu os três filhos se formar na E.E. Tiradentes, não concorda com a mudança, e afirma que se a comunidade tivesse acesso à escola seria bom.
“Tem pais que não tem condições de pagar a condução dos filhos, essa mudança é arbitraria, se pelo menos os alunos pudessem continuar estudando na escola mesmo ela se tornando militar e outros alunos pudessem ser matriculados seria bom, mas eles terão que sair para beneficiar apenas os alunos do colégio militar, eu não concordo”, disse.
Essa é a terceira manifestação realizada, e há duas previstas para acontecer, uma no dia 6 de janeiro às 17h em frente a E. E. Tiradentes e outra que será no dia 7 de janeiro às 8h em frente ao Tribunal de Justiça do Amazonas, localizado na Avenida André Araújo, Zona Centro-Sul da capital.
Foto: Raiana Taveira
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