Rio Madeira (AM) – A atividade do garimpo ilegal no Rio Madeira ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (15). A Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) iniciaram a segunda parte da operação Uiara contra o garimpo ilegal na calha do Rio Madeira, no interior do Amazonas, nesta quarta-feira (15).
A ação tem o objetivo de identificar e abordar balsas/dragas que operam a atividade de garimpo ilegal de ouro na calha do Rio Madeira, e inutilizá-las.
Uma outra ação já havia acontecido no final de novembro e continua em dezembro para identificar as embarcações que ainda não foram desabilitadas e foram invadidas por garimpeiros para exploração ilegal de ouro.
Na primeira parte da operação, a polícia prendeu 3 garimpeiros e destruiu 131 balsas. Já na segunda parte, cerca de 35 policiais federais do Amazonas, Distrito Federal, Pará, Roraima e Rondônia, além de quatro fiscais do Ibama que também estão no local.
A Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Amazonas (SR/PF/AM) informou que as ações de atividade no Rio Madeira são ilegais e que tem o intuito de preservar a hidrovia. Além disso, que irão continuar acontecendo em 2022 em outras regiões do Amazonas.
“A SR/PF/AM esclarece que atualmente toda a atividade de lavra de ouro no Rio Madeira é ilegal e que, portanto, as ações objetivando a desintrusão dessa importante hidrovia federal continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas em 2022 a outras regiões de garimpo ilegal detectadas no Estado do Amazonas.”
Contaminação por mercúrio
De acordo com um relatório emitido pela Polícia Federal, a região em que acontecia o garimpo ilegal está contaminada por mercúrio até 3 vezes superior ao limite máximo considerado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Anda foi identificado pelo perito do setor Técnico-Científico da SR/PF/AM, cerca de 85% das amostras apresentaram indícios de contaminação pelo elemento mercúrio.
A identificação foi possível, por meio, de amostras de cabelos de moradores da região de Autazes. Além disso, as amostras de água e sedimento demonstram forte indícios de contaminação ambiental e confirma o lançamento dos contaminantes a partir de balsas, sendo um forma de poluição ao meio ambiente.
Fonte: Em Tempo
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