O presidente do boi-bumbá Garantido, Antônio Andrade Barbosa, acaba de oficializar uma chantagem contra o Governo do Amazonas, organizador do Festival Folclórico de Parintins
O dirigente ameaça não colocar o boi na arena, caso o governo não auxilie a agremiação a resolver problemas financeiros desta temporada.
A chantagem está documentada em ofício enviado hoje por Antônio Andrade ao secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz.
No documento (ofício 65), ele diz que “a diretoria precisou tomar duas decisões imediatas”:
E acrescenta:
“Somente uma dessas opções poderia ser tomada, dada a escassez pecuniária atual”.
O documento fala ainda que a diretoria foi obrigada a tomar tal decisão, para evitar colapso, calamidade e até morte.
“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival.
Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”.
Em seguinte, o documento dá prazo de 24 horas para o governo reverter a possível decisão de Antônio Andrade.
Calote
Caso o Garantido não se apresente para a disputa, a decisão significará calote contra torcedores, que compraram ingressos antecipados, e contra os patrocinadores públicos e privados do festival.
Este ano, por exemplo, o Garantido já recebeu os seguintes valores:
R$ 5.000.000 Estado
R$ 4.500.000 Patrocínios
R$ 1.250.000 Coca-Cola
R$ 2.900.000 Bilheteria
Ao todo, efetivados, R$ 13,6 milhões. Esse foi o mesmo valor destinado ao Caprichoso, que não tem dificuldades para ir à arena.
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fonte: BNC
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