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08 de junho de 2025
Projeto de Lei sobre água mineral vai passar por debate com consumidores
Política
08 de junho de 2025

Projeto de Lei sobre água mineral vai passar por debate com consumidores

Foto: Divulgação

MANAUS – O deputado Sinésio Campos (PT) apresentou um relato, na manhã desta terça-feira (15), ao plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), sobre a Audiência Pública, realizada na segunda-feira (14), em plataforma digital, para debater e encaminhar providências sobre o Projeto de Lei nº 65/2018, de autoria do deputado Josué Neto (PRTB), que dispõe sobre a adequação das empresas envasadoras de água mineral em garrafões com capacidades de 10 e 20 litros, ao sistema retornável de uso exclusivo.

Diante da complexidade do debate, o deputado Sinésio Campos disse não haver condições de colocar o Projeto de Lei em votação essa semana. Após indagar opinião dos participantes ficou decidido o consenso da necessidade de ampliação do debate para que o consumidor também possa ser ouvido. “São muitos pontos que não foram preenchidos como política de exclusividade do garrafão pelas empresas ou sistema intercambiável do vasilhame e apolítica reversa (destinação dos garrafões), selo fiscal (tributação), fiscalização sanitária entre outros, inclusive interesses contraditórios”.

O deputado iniciou com a posição afirmada por parte das empresas de que “o garrafão, apesar de o cidadão efetuar a compra, não é uma propriedade do consumidor, em função do prazo de validade que é de três anos e as empresas efetuarem a troca automaticamente”. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2016, determinado pelo Ministério Público Estadual (MPE) obriga as empresas a utilizarem garrafões exclusivos. Contudo, isso gerou um problema pelo fato de empresas não aceitarem, na hora da venda ao consumidor, garrafões de empresas concorrentes. Isso obriga o consumidor a ter vasilhames de várias distribuidoras para não ter de ficar percorrendo os pontos de venda. “O que está acontecendo em Manaus é um ato covarde que atinge cerca de meio milhão de pessoas que ficam reféns das empresas diante dessa política de fidelização forçada do cliente”.

O deputado ressaltou que a legislação brasileira permite a utilização do garrafão universal (intercambiável) com a adoção de lacre e identificação do grupo de empresas que atuam, em conjunto, nesse sistema. Para o parlamentar, a exclusividade tira do consumidor o direito de escolha. Diante disso, após consulta aos participantes foi decidida a ampliação do debate antes da votação do Projeto de Lei. “Entendo que o assunto carece de um debate mais aprofundado e democrático”.

A Audiência Pública teve como participantes representantes da Secretária de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Ronaldo Manarino; Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), Maurílio César Nunes Brasil; Coordenação regional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Jerfeson Caldas; Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Raphael Oliveira; Representantes das empresas distribuidoras de água mineral e Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do Amazonas, Luiz Cruz, e empresários das empresas, Agua Boa, Puríssima, Santa Cláudia, Toya, Yara, Águacrim, Minalar e Nossa Água.

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