Em uma sessão marcada por surpresas e articulações de última hora, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25), por 383 votos a 98, o projeto de decreto legislativo (PDL) que derruba os efeitos do decreto do governo federal sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A bancada do Amazonas votou majoritariamente a favor da proposta, acompanhando a maioria da Casa em um movimento interpretado como recado político ao Palácio do Planalto.
Dos oito deputados federais do Amazonas, sete votaram a favor da suspensão do decreto que, na prática, aumentava tarifas do IOF em operações de crédito, câmbio e seguros, entre outras transações financeiras. Apenas Átila Lins (PSD) esteve ausente da votação.
Votaram “sim” para sustar os efeitos do aumento:
Capitão Alberto Neto (PL)
Amom Mandel (Cidadania)
Pauderney Avelino (União Brasil)
Silas Câmara (Republicanos)
Sidney Leite (PSD)
Adail Filho (Republicanos)
Fausto Santos Jr (União Brasil)
O texto agora segue para apreciação no Senado Federal, onde, se aprovado, anulará os dispositivos do decreto presidencial que geraram críticas tanto da oposição quanto de parte da base governista. A medida é vista como uma resposta do Congresso ao aumento da carga tributária promovido pelo governo Lula, em meio ao descontentamento com a condução da política econômica pelo ministro Fernando Haddad.
A votação foi colocada de forma inesperada na pauta da Câmara, em uma sessão semipresencial durante semana esvaziada por conta das festas de São João. Líderes partidários relataram surpresa com a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que também foi criticado por ter escolhido um deputado da oposição, Coronel Chrisóstomo (PL-RO), como relator da proposta.
A bancada do Amazonas, que historicamente sofre com os efeitos de medidas que impactam a economia da região, rejeitou o aumento da tributação como forma de preservar a competitividade e o poder de consumo da população. Alguns parlamentares também usaram as redes sociais para se manifestar, apontando a medida do governo como “injusta e inoportuna”.
O resultado da votação escancara a tensão entre o Congresso Nacional e o governo federal, especialmente em um momento de reivindicação por liberação de emendas parlamentares e críticas à forma como o Executivo tem conduzido questões fiscais.
Fonte: AM POST
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.