BRASIL – Na manhã desta sexta-feira (24) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissã, acrescentando uma crise política ao cenário de situação econômica difícil pelo qual o país passa devido à pandemia do coronavírus.
“Queria evitar ao máximo que isso acontecesse, mas foi inevitável”, disse Moro, em entrevista coletiva.
A demissão de Valeixo foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira. O texto diz que a saída do diretor-geral foi “a pedido”. Aliados de Moro, no entanto, afirmaram que a assinatura dele no documento foi mera formalidade e creditaram a decisão ao presidente.
A principal preocupação do ministro da Justiça era com a garantia da autonomia da instituição, para que a PF pudesse continuar conduzindo as suas investigações sem interferência política.
O nome de Moro para comandar a corporação era o delegado Fabiano Bordignon, atual diretor do Departamento Penitenciário (Depen).
Bolsonaro, no entanto, tem outras opções, como o secretário de Segurança Pública, do Distrito Federal, Anderson Torres, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem.
Moro lamentou precisar fazer pronunciamento durante pandemia. “Queria ao máximo evitar que isso acontecesse; mas aconteceu. Não foi por minha opção”, afirmou. Ele abriu o pronunciamento relembrando a carreira e ressaltando a importância da Operação Lava Jato. “Antes de assumir o cargo, fui juiz federal por 23 anos, tive diversos casos criminais relevantes e desde 2014 tivemos em particular a Lava Jato. Que mudou o patamar de combate à corrupção no país. Aquela grande corrupção, que em geral era impune, esse cenário foi modificado”.
Fonte: Valor Investe
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